29/05/2011

Rodrigo.

Já se passou meio ano, faz hoje, desde que li aquela maldita carta... Tive uma vontade esmagadora de a rasgar e queimá-la, mas fui mais forte que essa vontade e guardei-a, no fundo por ter esperança que um dia voltes e aí, poderei atirar-ta á cara, com a maior raiva do mundo que estou a sentir hoje, como se fosse a primeira vez, quando a li e reli, dias depois. Tal como sinto raiva, sinto um querer enorme em te odiar, porque é isso que mereces, foste embora num dia que parecia tão perfeito como os outros, não te
despediste, não explicaste o porquê, deixas-te apenas um estúpido papel, para quê? Fiquei na ignorância da mesma forma que ficaria se não tivesses deixado nada, és um cobarde, um monstro, a minha maior decepção e o meu maior ódio, pelo menos é isso que quero que sejas, de bom não tenho nada a dizer de ti, de momento e já à meio ano, que só tenho as palavras mais frias para te caracterizar, nada de bom, nenhum elogio! Fizeste com que visse em ti um ser horrível, sem qualquer tipo de coração! Ainda assim e acho-me a pessoa mais estúpida por isso, amo-te, tanto! Desejo a todo o minuto que voltes, que me ames, que dês uma explicação aceitável ou que me digas que tudo não passou de um pesadelo e que me agarres, que me protegas, que sejas novamente o meu Homem, o Homem que tive ao meu lado durante 3 anos e que escolhi para mim, para a minha vida! Ainda tenho o meu coração a sangrar, a chorar destroçado pela tua ida, de tal forma intenso que chego a perder o ar, não digo que o meu coração parou de bater, porque não parou, está vivo, embora os sinais que dê de tal, sejam tão tristes, tão desesperantes... Doi-me tudo, desde a cabeça, aos pés, passando pela alma e tocando nela dum jeito pior que forte, pela negativa. Hoje ainda desejo com tudo aquilo que ainda tenho e até com aquilo que perdi, que venhas novamente e me devolvas a capacidade de lutar, amar e acima de tudo, de viver. Sinceramente, estou a escrever apenas para mim, pois sei que nada disto irá chegar até ti, mas é uma forma de me tentar mentalizar que, irei sofrer até ao fim dos meus dias, com a terrível verdade de que nunca mais te verei ao meu lado, na cama ao acordar, e na cama ao adormecer.
Amo-te, acima de tudo e de mim, Rodrigo.

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